“Ninguém vai
ficar na miséria se cortar um pouco do Bolsa Família”
O deputado Ricardo Barros, na Câmara. Saulo Cruz Ag. Câmara
No Paraná, ele é aliado do governador Beto Richa, do PSDB. Em Brasília, da presidenta Dilma
Rousseff, do PT. Nesta semana, o deputado federal Ricardo Barros
(PP-PR) conseguiu desagradar os dois lados. Tanto petistas quanto tucanos
reclamaram da decisão dele de, como relator do Orçamento geral da União, cortar
10 bilhões de reais do programa Bolsa Família para o ano que vem. A quantia
representa 35% do total previsto para ser gasto com o programa e, até
então, tinha sido preservado pela equipe econômica de qualquer redução. O Bolsa
Família atende 14 milhões de famílias, ou aproximadamente 50 milhões de
pessoas, cerca de metade delas crianças e adolescentes. Neste ano, paga um
valor médio de R$ 163,57 por família, e entre os critérios para receber está a
renda per capita. Barros diz que o corte não vai deixar "ninguém na
miséria", mas Governo e especialistas afirmam que a redução pode ter impacto no
índice de pobreza extrema.
Esse corte
proposto ainda não é definitivo. Depende das aprovações na Comissão Mista do Orçamento no Congresso Nacional
e do plenário em uma sessão conjunta entre deputados e senadores. Além disso, o
Governo ainda pode sugerir mudanças na peça orçamentária antes de seu
julgamento. Mesmo assim, só a ameaça já foi capaz de assustar vários políticos.
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