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GRAJAÚ .SUL DO ESTADO, NODESTE MARANHÃO, Brazil
RADIALISTA,PROFESSOR. E MESTRE DE CULTURA POPULAR. MESTRE DE OBRAS(PEDREIRO). fundador dos blocos de carnaval:XIRI MOLHADO, BAIRRO RODOVIÁRIO. E UNIDOS DO CANOEIRO, NO BAIRRO CANOEIRO.E DO GRUPO FOLCLÓRICO UNIDOS DO CAMPO, BAIRRO RODOVIÁRIO. FUNDADOR DO NÁUTICO FUTEBOL CLUBE, BAIRRO RODOVIÁRIO.EX PRESIDENTE DA LIGA ESPORTIVA DE GRAJAÚ. OBJETIVO DO BLOGGER,É MOSTRA INFORMAÇÕES DE GRAJAÚ. EM ESPECIAL POLÍTICA E CULTURA. Obs: este blogger atende somente a interesses do seu titular, sem vínculos com ninguém.

quarta-feira, 23 de março de 2016

5.000 Estudantes e juristas fazem ato pela democracia em universidade onde o Juiz Moro é professor no Paranar

Na universidade em que o juiz Sérgio Moro é professor, a Universidade Federal do Paraná (UFPR), um ato de juristas em defesa da democracia teceu duras críticas à atuação do juiz na Operação Lava Jato. O evento aconteceu na noite desta terça-feira (22) e reuniu mais de cinco mil pessoas, entre estudantes, integrantes de movimentos populares, advogados, professores, juristas, procuradores, juízes e defensores públicos.
Como o auditório da Faculdade de Direito da UFPR ficou lotado, foi preciso colocar um telão na frente do prédio da Universidade, para que mais pessoas pudessem acompanhar o ato público.
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O professor de Direito da UFPR Juarez Cirino dos Santos afirmou que a operação tem violado princípios legais. “A Lava Jato, do ponto de vista processual, é a mais criticável possível, pela violação frequente do devido processo legal. Não existem os princípios do contraditório, da ampla defesa. E sobretudo foi cancelado o princípio de presunção de inocência”, disse.
A advogada e membro da Comissão Estadual da Verdade do Paraná, Ivete Caribé da Rocha, fez um paralelo entre a situação de Dilma e a do presidente João Goulart, que foi destituído do cargo por um golpe de Estado em 1964.
Para ela, há, entre a sociedade, uma disseminação de ódio semelhante à que Goulart sofreu quando tentou implementar as chamadas reformas de base, que propunham a reestruturação de diversos setores econômicos e sociais.
“Quando se tenta mudar alguma coisas na situação dos mais vulneráveis, levanta-se esse ódio. Naquela época, tratava-se do combate ao comunismo. Hoje é o combate à corrupção. Mas ela [corrupção] não é de hoje, vem de muito antes e está sendo colocada de um lado só, como se fosse de hoje”, criticou Ivete.
Segundo o ex-procurador geral do Estado e professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Carlos Frederico Marés de Souza Filho, é importante observar que a democracia não comporta qualquer rompimento da legalidade, ainda que pareça algo menor.
“Qualquer ruptura da legalidade, rompe a democracia. A democracia depende de uma legalidade estrita. Às vezes o rompimento dessa legalidade parece pequeno, como não utilizar os trâmites para o impeachment, como não usar o que a lei determina para a condução coercitiva ou, por exemplo, tornar público conversas privadas que a lei protege, ou ainda, um ministro do STF dar um mandado de segurança anulando um ato de nomeação ministerial. Quando elas começam pequenas, fazem uma cisão e, a partir daí, vale tudo”, criticou.
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Foto: Mídia Ninja
Durante o evento, foi lida uma carta do ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Marcelo Lavenère. Na carta, Lavenère diz que a “a ilicitude dos métodos investigatórios estimula o ataque ao mandato da presidente da República”.
“A democracia que vocês defendem permanecerá sobre a intolerância, preconceito e a tentativa de impeachment”, destaca o texto. Lavenère se opôs ao apoio da OAB ao impeachment, decidido após reunião extraordinária do Conselho Federal da entidade.
A reunião foi conduzida pelo professor Manoel Caetano Ferreira Filho, diretor do curso de Direito da UFPR. Ao final do ato, foi lida a “Carta de Curitiba” que estará aberta a partir desta quarta-feira (23) para receber adesões na página Advogados Pela Democracia.

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