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GRAJAÚ .SUL DO ESTADO, NODESTE MARANHÃO, Brazil
RADIALISTA,PROFESSOR. E MESTRE DE CULTURA POPULAR. MESTRE DE OBRAS(PEDREIRO). fundador dos blocos de carnaval:XIRI MOLHADO, BAIRRO RODOVIÁRIO. E UNIDOS DO CANOEIRO, NO BAIRRO CANOEIRO.E DO GRUPO FOLCLÓRICO UNIDOS DO CAMPO, BAIRRO RODOVIÁRIO. FUNDADOR DO NÁUTICO FUTEBOL CLUBE, BAIRRO RODOVIÁRIO.EX PRESIDENTE DA LIGA ESPORTIVA DE GRAJAÚ. OBJETIVO DO BLOGGER,É MOSTRA INFORMAÇÕES DE GRAJAÚ. EM ESPECIAL POLÍTICA E CULTURA. Obs: este blogger atende somente a interesses do seu titular, sem vínculos com ninguém.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

PROFESSORES REAGEM A XINGAMENTOS POR PARTE DE DIRETORES DA EDUCAÇÃO MUNICIPAL DE GRAJAÚ

Eu também sou professor, também faço parte dessa “corja”

ANTONIO DE PADUA
ANTONIO DE PADUA
Em nome dos profissionais da educação de Grajaú lamentamos e repudiamos as declarações raivosas que circulam nas redes sociais, contrárias à paralização de advertência dos professores e em defesa da administração municipal. É ainda mais lamentável saber que a destilação de todo esse veneno parte de alguns professores ligados a cargos da SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO. Dirigem palavras aos colegas que aderiram ao movimento como “CORJA”, PREGUIÇOSOS, DESOCUPADOS e outros adjetivos, de modo a deixar a categoria dos professores de Grajaú ultrajada e vilipendiada.

Na fala das colegas, conclamam os pais e toda a sociedade grajauense a uma espécie de exposição e julgamento “desses DESOCUPADOS” educadores. Temos certeza de que, nas condições em que se encontra a educação em Grajaú, quem sairia desse julgamento como “CORJA” seria a administração atual, que em palanques eleitorais prometeu salvar Grajaú e depois de eleita, além de um desempenho administrativo medíocre, se arroga no direito de afrontar professores em greve.

Mas será que, na condição de professores, nunca vamos aprender que a estratégia da classe dominante foi sempre essa? Dividir a maioria para poder dominar? Ainda não aprendemos a lição da história? Foi assim desde a época da colonização de Grajaú. Os povos indígenas resistiam e eram maioria, mas uma das estratégias para dominá-los era dividindo as tribos e colocando-as em guerra umas contra as outras.

Porque será que a cada nova administração municipal uma leva de companheiros e companheiras, alguns dos quais combativos nos históricos enfrentamentos do SINTEEGRA trocam suas salas de aula pelos gabinetes confortáveis do poder que nos oprime? Como diz FREIRE: “de oprimidos passam a opressores”? alguns, basta ocupar qualquer cargo de confiança, para, ao chegarem nas escolas, acharem que chegaram em uma senzala, sentem-se verdadeiros feitores. Percebemos que, da forma em que a coisa vai, além de professor apanhar de alunos, vai receber chibatadas também dos capatazes da SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO de Grajaú.

Os dominantes da época da colonização davam açúcar e cachaça para atrair e dominar os inocentes indígenas, hoje nos atraem com salas confortáveis nos gabinetes do poder; aos negros davam o direito de não trabalhar para aqueles que aceitassem empunhar um chicote para açoitar os que não trabalhassem; hoje dão a professores um cargo de confiança e o direito de andar nos saltos para pisotear, dividir e hostilizar os que fazem paralização ou greve. Paremos de ser feitores! Somos todos é Professores!

Sinceramente não vemos nenhuma obra ou ação desta administração que seja extraordinária ao ponto de deixar toda a população de Grajaú em silêncio. A retórica desta é o pagamento dos salários em dia? pagar em dia é obrigação, e o motivo da paralização é exatamente porque os direitos dos professores não estão em dia.

O SINTEEGRA é o espaço que nos une na luta pela conquista e garantia de direitos dos profissionais da educação, não só contra o prefeito Júnior de Sousa Otsuka, mas contra todos aqueles que tentarem se levantar contra os direitos desta digna categoria.

Recusamo-nos a acreditar que as professoras que nos hostilizam, talvez todas com formação acadêmica, ignorem a relação contraditória entre capital e trabalho; que esta não acontece de forma tranquila e que nessa relação o instrumento disponível após o diálogo é a greve! Recusamo-nos a acreditar que essas professoras ignorem a ideia de que, na condição de trabalhadores, somos todos explorados e que não há outra opção para enfrenta-los que não seja a união e a correlação de forças através dos instrumentos que no momento utilizamos, ou seja, as paralizações e as greves.

Repudiamos mais uma vez as palavras ultrajantes desta administração contra os professores de Grajaú e reafirmamos a nossa luta por:
- Transparência nas prestações de contas do dinheiro do FUNDEB;
- Terço de férias;
- Rateio em atraso;
- Quinquênio;
- Espaços físicos dignos nas escolas;
- Não ao fechamento das escolas do Campo;
-Transporte dos alunos da Educação do Campo e Indígena no tempo certo;
- Limitação do número de alunos por turma;
- Transporte dos alunos da EFA (Escola Família Agrícola);
- Fim das turmas juntas nos anos finais do ensino fundamental;
- Reposição de carteiras quebradas;
- Merenda escolar, etc.

Se o fato de o professor fazer greve por dignidade e direitos é ser “CORJA” ! Eu também sou professor!  Também faço parte dessa “CORJA”!  Junte-se a luta dos professores de Grajaú! 

ESSA LUTA É DE TODOS NÓS!


* Antonio de Padua é professor e acadêmico do Curso de Pedagogia da UFMA
DO INFORMATIVO.  GRAJAÚ DE FATO

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