Grupo cria sociedade alternativa para viver de forma sustentável e justa

O dia vai sendo tomado por cirandas, rodas de capoeira, espaços de meditação e cura. Três cavalos ziguezagueiam soltos pelo espaço, faz-se música em todo canto. Os participantes integram grupos que desenvolvem ou fomentam a agroecologia – proposta alternativa de agricultura familiar socialmente justa, economicamente viável e ecologicamente sustentável. O que une cada uma é um ideal semelhante: a busca por uma forma de vida baseada na cooperação, no respeito às individualidades, em relações humanas mais justas e em harmonia com a natureza. Ideias na cabeça, enxada e computadores nas mãos. E o roçado no sítio vai virando um enorme mutirão de construção de sonhos.
A reportagem do UOL esteve presente nos últimos dois dias do encontro, realizado entre 12 e 15 de novembro, e pode ver de perto uma mostra de um movimento que busca dar coerência prática àquilo que muitos sonham para o mundo. Ao visitante de primeira viagem, é como se alguma semente de Woodstock, festival ícone da contracultura realizado em fazenda nos EUA em 1969, germinasse aqui, agora. Mas estamos no século 21.
O moderno se alia ao colaborativo, a pesquisa acadêmica, à práticas solidárias. Assim, da horta à cozinha comunitária, da cozinha ao banheiro seco que transforma fezes em composto, passando pelos produtos de higiene naturais e pela pia de lavar a louça que usa princípios da permacultura, tudo é feito de forma pensada aliando conhecimento e disposição para colocar a mão na massa. fonte uol